Resumo: Em dezembro de 2014, iniciou-se oficialmente no Laboratório Nacional de Luz
Síncrotron (LNLS), sediado no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e
Materiais (CNPEM), em Campinas, São Paulo, a construção do Sirius, o novo acelerador
de partículas brasileiro, com a promessa de ser, dentro de sua classe, a máquina de mais
alto brilho no mundo. Tendo como competidor direto apenas o acelerador MAX IV, em
construção na Suécia, o Sirius é considerado o maior projeto científico brasileiro e
colocará o Brasil em um nível de competitividade global em pesquisas relacionadas a
ciências dos materiais, medicina, biologia e química. No entanto, para que o acelerador
tenha o desempenho de acordo com o projeto, as demandas de soluções de engenharia
são extremamente exigentes. Dentre elas, pode-se destacar a alta qualidade dos ímãs de
sua rede magnética e a alta precisão de alinhamento entre eles. A técnica do fio vibrante
é reconhecida na comunidade de aceleradores como uma das mais precisas para
procedimentos de fiducialização de ímãs, isto é, localização do centro magnético,
alinhamento e transferência de coordenadas para referências mecânicas. Neste trabalho,
como ferramenta complementar aos recursos de metrologia a alinhamento dos grupos de
magnetos (IMA) e projetos mecânicos (PRO) do LNLS, foi desenvolvida, sobre uma
máquina de medição por coordenada (MMC), uma bancada que fará uso da técnica do fio
vibrante para fiducialização de quadrupolos e sextupolos do Sirius. Os resultados parciais
alcançados foram positivos e muito promissores, já atendendo a parte das tolerâncias de
alinhamento requeridas, validando um novo sensor de vibrações com uma região de
operação dez vezes maior do que o tradicionalmente utilizado, e propondo uma técnica
inovadora para a etapa de medição mecânica do procedimento de fiducialização, baseada
no sistema de visão da MMC. |